sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A verdadeira afeição na longa ausência se prova.

– Luís de Camões.

Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.

– Luís de Camões.
Sugestões de presentes para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito. (Oren Arnold)
O café fica amargo. A gente ás vezes, precisa de um adoçante. As mesmas regras são no amor. Ele fica amargo, ele muda, do nada. Basta a você adoçá-lo. Cuidar dele. E tem vez que não dá certo. Fica doce demais. Ou se não, você não tem adoçante: e daí ele fica assim. Nesses momentos, o certo é jogar fora. É esquecer. Mas nem sempre você quer jogar o café fora. Ás vezes, você deu duro pra conseguir o pó, a água fervida. E simplesmente não quer deixar, não quer esquecer. Mas sabe, é preciso: ás vezes o mais fácil é esquecer e começar tudo de novo! O café, te garanto.. Fica até melhor.
O amor, também.

(Miriam Teixeira)
Nesse meio tempo, nessa uma semana, percebi o quanto és importante. O quanto mudou minha vida, me fez feliz. Mas você simplesmente vai embora? Como assim? Como? Fica com outra, do nada. Por quê? Caralho, dei o que você pediu. Poderia pelo menos me dar um pouco de amor, ou nem disso você é capaz? (Miriam Teixeira)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Talvez, eu encarasse as pessoas que passassem por pura curiosidade. O que faziam? Por quê? Por que não estariam em suas próprias casas? Por que saiam por aí, e procuravam cada vez mais cuidar da vida alheia? Cada um no seu canto, seria bem melhor.. E então, meus olhos pararam em um alguém. Fiquei fascinada. Meu coração acelerou. O que ele fazia alí naquele monte de gente ínfame? Medíocre? Ele não podia fazer isso, ele não podia Ser isso. E então ele se foi.
Desejei a Deus que ele voltasse no dia posterior. E não é que voltou? Dessa vez usava uma calça de couro. Seus olhos cintilavam, e pela primeira vez, seu olhar cintilou e encontrou o meu. Eu soltei um breve sorriso; a pena é que foi impossível de evitar. E então, ele sorriu de volta. Pude finalmente ver seus olhos, de um verde tão belo e extravagante que me dava náuseas. Umas náuseas gostosas, por sinal. Náuseas que faziam meu corpo formigar.
O dia passou. A noite, alguém batia na porta. Desci, então, as escadas do meu mísero e pequeno quarto, e atendi á porta.
- Oi. - Era ele. (Miriam Teixeira)
E então era mais um dia. Mais um dia em que meu sorriso maligno estava estampado em meu rosto, e o "foda-se" estava na ponta da minha língua. Tudo o que pensavam era que eu estava feliz, mas mal sabiam que eu já tinha enganado, maltratado, deixado. Meu coração era ferido, mas de nada mais isso importava. Pra quem é que importaria? Simplesmente não faria diferença.
Fechei meus olhos e pude sentir o vento batendo rapidamente, levemente, roçando com ternura meu rosto. Soltei um breve sorriso - um sorriso belo, por sinal - e então abri meus olhos. Mordi meu lábio e olhei para o lado, encarei a pessoa que apreciava a sena.
- O que está olhando? - Perguntei, um tanto quanto secamente. Parecia até que não sabia que aquela pessoa estava lá, mas afinal eu sabia, apenas tinha ignorado e esperado que se fosse, assim como todo mundo. Mas não o fez.
- Você me parece tão amarga. - Ele sussurrou. Me olhou com ternura, e depois sorriu. Seu sorriso era lindo, mas era mais um daqueles que chegava e ia embora.
Peguei sua mão e coloquei levemente em meu peito, no meu coração, que batia calmamente.
- Adivinha por que ele bate assim, tão calmo... - Sussurrei, ferozmente. - Porque ele É amargo. (Miriam Teixeira)