A beating Heart
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
O café fica amargo. A gente ás vezes, precisa de um adoçante. As mesmas regras são no amor. Ele fica amargo, ele muda, do nada. Basta a você adoçá-lo. Cuidar dele. E tem vez que não dá certo. Fica doce demais. Ou se não, você não tem adoçante: e daí ele fica assim. Nesses momentos, o certo é jogar fora. É esquecer. Mas nem sempre você quer jogar o café fora. Ás vezes, você deu duro pra conseguir o pó, a água fervida. E simplesmente não quer deixar, não quer esquecer. Mas sabe, é preciso: ás vezes o mais fácil é esquecer e começar tudo de novo! O café, te garanto.. Fica até melhor.
O amor, também.
(Miriam Teixeira)
Nesse meio tempo, nessa uma semana, percebi o quanto és importante. O quanto mudou minha vida, me fez feliz. Mas você simplesmente vai embora? Como assim? Como? Fica com outra, do nada. Por quê? Caralho, dei o que você pediu. Poderia pelo menos me dar um pouco de amor, ou nem disso você é capaz? (Miriam Teixeira)
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Talvez, eu encarasse as pessoas que passassem por pura curiosidade. O que faziam? Por quê? Por que não estariam em suas próprias casas? Por que saiam por aí, e procuravam cada vez mais cuidar da vida alheia? Cada um no seu canto, seria bem melhor.. E então, meus olhos pararam em um alguém. Fiquei fascinada. Meu coração acelerou. O que ele fazia alí naquele monte de gente ínfame? Medíocre? Ele não podia fazer isso, ele não podia Ser isso. E então ele se foi.
Desejei a Deus que ele voltasse no dia posterior. E não é que voltou? Dessa vez usava uma calça de couro. Seus olhos cintilavam, e pela primeira vez, seu olhar cintilou e encontrou o meu. Eu soltei um breve sorriso; a pena é que foi impossível de evitar. E então, ele sorriu de volta. Pude finalmente ver seus olhos, de um verde tão belo e extravagante que me dava náuseas. Umas náuseas gostosas, por sinal. Náuseas que faziam meu corpo formigar.
O dia passou. A noite, alguém batia na porta. Desci, então, as escadas do meu mísero e pequeno quarto, e atendi á porta.
- Oi. - Era ele. (Miriam Teixeira)
E então era mais um dia. Mais um dia em que meu sorriso maligno estava estampado em meu rosto, e o "foda-se" estava na ponta da minha língua. Tudo o que pensavam era que eu estava feliz, mas mal sabiam que eu já tinha enganado, maltratado, deixado. Meu coração era ferido, mas de nada mais isso importava. Pra quem é que importaria? Simplesmente não faria diferença.
Fechei meus olhos e pude sentir o vento batendo rapidamente, levemente, roçando com ternura meu rosto. Soltei um breve sorriso - um sorriso belo, por sinal - e então abri meus olhos. Mordi meu lábio e olhei para o lado, encarei a pessoa que apreciava a sena.
- O que está olhando? - Perguntei, um tanto quanto secamente. Parecia até que não sabia que aquela pessoa estava lá, mas afinal eu sabia, apenas tinha ignorado e esperado que se fosse, assim como todo mundo. Mas não o fez.
- Você me parece tão amarga. - Ele sussurrou. Me olhou com ternura, e depois sorriu. Seu sorriso era lindo, mas era mais um daqueles que chegava e ia embora.
Peguei sua mão e coloquei levemente em meu peito, no meu coração, que batia calmamente.
- Adivinha por que ele bate assim, tão calmo... - Sussurrei, ferozmente. - Porque ele É amargo. (Miriam Teixeira)
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