terça-feira, 29 de novembro de 2011

Talvez, eu encarasse as pessoas que passassem por pura curiosidade. O que faziam? Por quê? Por que não estariam em suas próprias casas? Por que saiam por aí, e procuravam cada vez mais cuidar da vida alheia? Cada um no seu canto, seria bem melhor.. E então, meus olhos pararam em um alguém. Fiquei fascinada. Meu coração acelerou. O que ele fazia alí naquele monte de gente ínfame? Medíocre? Ele não podia fazer isso, ele não podia Ser isso. E então ele se foi.
Desejei a Deus que ele voltasse no dia posterior. E não é que voltou? Dessa vez usava uma calça de couro. Seus olhos cintilavam, e pela primeira vez, seu olhar cintilou e encontrou o meu. Eu soltei um breve sorriso; a pena é que foi impossível de evitar. E então, ele sorriu de volta. Pude finalmente ver seus olhos, de um verde tão belo e extravagante que me dava náuseas. Umas náuseas gostosas, por sinal. Náuseas que faziam meu corpo formigar.
O dia passou. A noite, alguém batia na porta. Desci, então, as escadas do meu mísero e pequeno quarto, e atendi á porta.
- Oi. - Era ele. (Miriam Teixeira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário