terça-feira, 29 de novembro de 2011

E então era mais um dia. Mais um dia em que meu sorriso maligno estava estampado em meu rosto, e o "foda-se" estava na ponta da minha língua. Tudo o que pensavam era que eu estava feliz, mas mal sabiam que eu já tinha enganado, maltratado, deixado. Meu coração era ferido, mas de nada mais isso importava. Pra quem é que importaria? Simplesmente não faria diferença.
Fechei meus olhos e pude sentir o vento batendo rapidamente, levemente, roçando com ternura meu rosto. Soltei um breve sorriso - um sorriso belo, por sinal - e então abri meus olhos. Mordi meu lábio e olhei para o lado, encarei a pessoa que apreciava a sena.
- O que está olhando? - Perguntei, um tanto quanto secamente. Parecia até que não sabia que aquela pessoa estava lá, mas afinal eu sabia, apenas tinha ignorado e esperado que se fosse, assim como todo mundo. Mas não o fez.
- Você me parece tão amarga. - Ele sussurrou. Me olhou com ternura, e depois sorriu. Seu sorriso era lindo, mas era mais um daqueles que chegava e ia embora.
Peguei sua mão e coloquei levemente em meu peito, no meu coração, que batia calmamente.
- Adivinha por que ele bate assim, tão calmo... - Sussurrei, ferozmente. - Porque ele É amargo. (Miriam Teixeira)

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